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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Entrevista com Jennifer Carpenter



    Com o papel de Debra Morgan em Dexter, Jennifer Carpenter leva jeito com os palavrões e perdendo o óbvio: o Dark Passenger de seu irmão. Quando a deixamos semana passada, ela havia sido promovida para tenente por cima de Batista, o que nos faz pensar: essa aproximação dela ao topo significa que ela está tão perto assim de descobrir Dexter: Nós conversamos com a atriz de Kentucky sobre a cegueira seletiva dela, por que isso a enlouquece, também, e sobre o 'Debismo' sujo que ela está guardando para a próxima temporada.


Parabéns pela melhor avaliação da premiere até agora!
Oh, wow, obrigada. Eu realmente não presto atenção nisso, mas fico feliz de ter ido bem. Eu meio que gosto do fato da gente estar numa bolha enquanto filmamos. Eu sinto que se estivesse imaginando as pessoas assistindo, ou a pressão dos números, talvez eu não conseguiria ir tão bem! (risadas)

Qual foi sua reação ao descobrir que Deb ia ser promovida?
É bastante inacreditável. Quer dizer, só na televisão eu pularia tantos níveis e iria direto ao cargo de tenente. Mas minha insegurança sobre a promoção fictícia é exatamente aonde eu precisava estar com a personagem, então tudo acabou dando certo. É estranho ser chefe do Batista quando eu sinto que ele realmente merecia e foi um mentor; é bizarro. Mas ela realmente tomou as rédeas de todos os grandes casos que passam pelo departamento.

Apesar dela estar perdendo a coisa mais óbvia, que seu irmão é um serial killer.
Exato. É um argumento muito bom (risadas)

Como ela está deixando passar todas as pistas?
É, fica cada vez mais difícil justificar, na verdade. Pois ela é tão esperta, e aparecem muitos furos. Por que ela não descobriria logo para onde ele desaparece? Especialmente agora que ele tem Harrison, você pensaria que ela ficaria mais em dia com a programação dele. Desculpe, sou meio desligada. Mas você pensaria que Harrison ficaria no radar dela e que ela veria como ele é pequeno lá e o quanto ele conta com a babá.

Então você segue a regra "é TV, você deve estar disposto a deixar a descrença de lado"?
Esse ano eu estive tão ocupada - Deb sendo promovida significa mais tempo no set - eu quase esqueço que era pra ser um show sobre um serial killer (risadas).

A chance de Deb não descobrir Dexter, se vc considera isto, te assombra? Eu imagino que ficará difícil para filmar.
Bem, eu acho que a audiência está pronto para isso, eu com certeza estou. Eu acho que tendo pulado um ano, todos os personagens estão um pouco mais firmes. Não estamos mais falando sobre a morte de Rita e já passou bastante tempo desde a morte de Lundy, então seria uma boa hora para descobrir. E eu acho que a audiência deseja isso, então quero dar à eles! Agora, a cena no estacionamento onde Lundy morreu (na quarta temporada) foi um dos dias mais difíceis de filmagem, foi incrívelmente emocionante, e tem uma parte de mim que tem um reflexo sobre esse tipo de coisa, mas eu faço isso desde os oito anos, acho que encontrei uma maneira saudável de processar isso tudo.

Eu não sabia que você atuava há tanto tempo. Você foi para Juiliard, certo? Como você se dava corda por lá?
Bem, eu anunciei à minha família aos oito anos que eu queria ser atriz, e me foquei naquilo como um feixe de laser. Eu nunca tive um plano reserva, minha família era ótima e eles nunca me disseram não, eles apenas perguntavam "como?" O que significava que você precisava bolar todo um plano, então eu procurei as melhores escolas e me inscrevi.

Sua família não liga pros constantes xingamentos de Deb? Eeles já falaram com você sobre isso?
Depois do primeiro ano eu voltei pra casa e tinha uma boca diferente, e eu não lembro quem foi, mas alguém me deixou ciente disso. Eu não sei se foi uma face ou um comentário, mas eu abri a boca e simplesmente saiu. Não é nada atraente, mas sai naturalmente como Debra. É como se só tivesse uma maneira de xingar, mas você consegue fazer isso de 50 maneiras diferentes. Então é como se ela tivesse um vocabulário muito estreito, mas na cabeça dela tudo tem um significado diferente, eu sou meio burra para isso. Freqüentemente me encontro extraindo algumas coisas, porque não acho que ela xingaria assim, ou ligando para os escritores no meio da noite dizendo "tenho um novo xingamento

Isso é incrível, quais você fez?
Tinha um no episódio 12, mas o episódio já havia sido escrito. Com sorte eles usarão na próxima temporada. Tem um que eu amo quando o Quinn tenta me tocar na quinta temporada; ele abre a porta e eu o mando manter seus "dedos de salsicha" longe de mim. Não é bem um xingamento, mas... Ano que vem eu quero que haja um comentário que a vida da Deb é "duplamente fodida". Pois ela foi fodida de novo e de novo e de novo (risada). Talvez eles não o usem agora que contei para você.

Você vê algum interesse em fazer comédia?
Sim. É aonde eu sempre me senti mais confortável. Na escola eu sempre era escalada como palhaço. Então eu fiz O Exorcismo de Emily Rose, e uma vez que as pessoas te ouvem gritar, elas não podem des-ouvir aquilo. Mas eu não quero dizer que fui padronizada também. Eu só sinto como se a comédia fosse muita diversão. Talvez eu só precise que as pessoas me vejam e me convidem pro clube, sabe?

Uma última pergunta boba: Dexter fala "Dark Passanger" bastante. Alguém no set já contou quantas vezes?
Não que eu saiba! Eu concordo com você, mas o que é engraçado é que eu não ouço tanto pois não estou nessas cenas. Mas houveram vezes onde eu tinha algumas falas como "haverá outro morto" e eu ficava tipo "essa fala é do Dexter". Nós somos policiais, nós diríamos 'morte'. Acho que todo mundo fica tão a vontade a voz de Dexter que às vezes você precisa puxá-los e dizer "nós não somos todos serial killers.

Fonte: DexterGR

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